domingo, 1 de julho de 2018

O surgimento da Genética



Surgimento da Genética
  
A Genética é a parte da Biologia que estuda a hereditariedade, ou seja, a forma como as características são repassadas de geração para geração. Essa ciência surge com os experimentos realizados por um monge austríaco chamado Gregor Mendel.


Figura 1. Gregor Mendel

Mendel entrou para um monastério augustiniano de St. Thomas na cidade de Brünn,  aos 21 anos de idade onde foi posteriormente ordenado padre em 1847. Posteriormente seguiu para Viena para estudar, porém sem ter bons resultados acadêmicos, volta para Brünn, retomando suas atividades monásticas e iniciando seus experimentos genéticos, que resultaram nas chamadas leis de Mendel  publicadas um trabalho em 1866.




O Mecanismo da Herança

Mendel realizou vários experimentos com inúmeras espécies de plantas de jardim, tentando até alguns com abelhas, mas obteve sucesso com ervilhas de cheiro (Pisum sativum), de onde deduziu muitos conceitos da genética moderna. Os resultados o convenceram dos seguintes princípios básicos:

  • Cada característica genética de um organismo é condicionada por dois fatores ( hoje chamados de genes): um vindo do pai e outro da mãe;
  • No momento da reprodução, apenas um gene do pai é transmitido à célula sexual (segregação de fatores).

Escolha do material

A escolha por ervilhas deve-se ao fato dessas plantas serem de fácil cultivo,se reproduzirem com certa rapidez. O que lhe permitiu analisar várias gerações num tempo relativamente curto e grande quantidade de sementes.

Além disso, Mendel mantinha pleno controle sobre a " paternidade" dos descendentes que obtinha nos cruzamentos.

A escolha de característica contrastantes

Mendel escolheu plantas que não apresentavam características intermediárias e analisou sete características. Por exemplo, as cores das sementes e das vagens foram amarela ou verde. A forma das sementes foram lisas ou rugosas e as plantas eram altas e baixas, cores e posição das flores.

Figura 1. Esquema das características estudadas por Mendel.












Fonte: http://stef-0107.no.comunidades.net


Cruzamentos

Num dos seus experimentos Mendel cruzou plantas puras de sementes lisas com plantas de sementes lisas rugosas e chamou essa geração de parental P. Na primeira geração de filhos (F1), Mendel obteve somente plantas de sementes lisas. E o carácter rugosas não apareceu nessa geração. Permitindo a autofecundação da geração F1, surgiram na segunda geração (F2) plantas de sementes lisas e rugosas.

Na primeira geração (F1) o atributo rugoso desaparece, ele foi chamado de recessivo. Já o atributo liso que surgiu  foi chamado de dominante. Como na geração F2 o atributo rugoso reaparece, conclui-se que ele permaneceu na geração F1, mas só se manifestou na geração F2.

Mendel montou um modelo teórico para explicar os resultados obtidos supondo que haviam na planta fatores responsáveis pela herança (lisa ou rugosa) da semente. Cada planta possuía dois desses fatores, vindo um do pai e outro da mãe. O fator liso é representado por L e o rugoso R. As plantas puras são respectivamente LL e RR. Na reprodução cada um desses indivíduos transmitiria um desses fatores para o gameta que ele produziria.



A planta de semente lisa formaria gametas com fator L e a de semente rugosa R. Por fecundação os indivíduos da geração F1 ficam com a constituição genética LR (híbridos). Quando F1 se autofecundam formam dois gametas, L e R, tanto pela parte masculina como feminina, podendo ocorrer quatro tipos  de encontros gaméticos.













Fonte: http://pontobiologia.com.br/





Na contagem das sementes de F1 Mendel obteve 5474 lisas e 1850 rugosas, ou seja  uma proporção de aproximadamente 3:1. 















Fonte: https://geneticavirtual.webnode.com.br
Mendel contribuiu de maneira grandiosa para os estudos da Genética e, por isso, é considerado hoje o pai dessa ciência. Os trabalhos desse pesquisador, no entanto, ficaram esquecidos por muitos anos, sem nenhuma utilização. Porém, em 1900, pesquisadores como Correns, Tschesmak e De Vries redescobriram  os trabalhos de Mendel ao estudar plantas híbridas. Esses três botânicos contribuíram para a aceitação das ideias de Mendel e para o início dos estudos genéticos em humanos.


REFERÊNCIAS

SILVA JÚNIOR, César da. Biologia - Volume 3. Genética e Evolução. São Paulo: Saraiva 2005.

GRIFFITHS, A. J. F et al. Introdução a Genética. 9 ed. Rio de Janeiro: Gunabara Koogan. 2011.


      
   

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